Maior estudo sobre
excesso de peso mostra que
excesso de peso mostra que
quase 30% dos mais novos
têm peso a mais.
Três em cada dez crianças entre os dois e os cincos anos têm excesso de peso e 12,5% são Obesas.
A conclusão é de um estudo apresentado ontem (dia 19 de Novembro de 2009) pelo Observatório Nacional da Obesidade e do Controlo do Peso (ONOCOP), no fórum nacional organizado sobre o tema. É o primeiro levantamento com dimensão nacional e avaliou cerca de 5 mil crianças e adolescentes de norte a sul do país.
Até aos cinco anos, a prevelência de obesidade e excesso de peso é maior nas raparigas (17,3% contra 15,6%) e tem uma dimensão ligeiramente mais elevada no Norte do país. No entanto, já na adolescência, os números são comuns a todo o território. 28% dos jovens até aos 15 anos estão em situação de pré-obesidade e 11,3% são obesos. É aos 11 anos que os números são mais significativos, com 18,1% dos rapazes afectados por esta doença e 12,3% das raparigas.
Este levantamento foi feito a partir de entrevistas e avaliações nos centros de saúde do país. Uma equipa de técnicos mediu o peso, a altura e os perímetros da cintura e ancas, mas consuziu também uma série de entrevistas sobre os hábitos de vida saudáveis, sedentarismo e alimentação dos inquiridos. Os resultados vão agora servir para tomar medidas para combater aquela que já é considerada uma epidemia silenciosa. E servirão para outros estudos comparativos com os outros países.
Os dados mostram que a prevalência da obesidade está em crescimento acentuado nos últimos anos em Portugal. A ONOCOP refere que a tendência vai manter-se, com custos graves de saúde pública: se os problemas de obesidade começam com crianças cada vez mais novas, os adultos do futuro terão mais problemas de excesso de peso.
A Obesidade é referida como factor de risco para doenças tão diferentes como a diabetes, os AVC, alguns tipos de cancro ou mesmo a gripe A.
Os números portugueses põem o país no grupo dos estados europeus com mais crianças obesas. Há quase uma criança com excesso de peso em cada três, quando a média europeia é de uma em cada cinco.
Adaptado de R.A.
in Jornal i, 20 de Novembro de 2009.